Compositor: Staif Bihl / Candice Clot
Você deveria ter sentido em si mesmo,
Uma nova percepção,
Um novo olhar,
Ansioso em saber,
Crescendo e buscando dentro de você
O que ele nunca encontrará
Você se recusou a acreditar,
Restrição física
Aquilo que não tinha espaço em você,
O que você não queria ver,
Que nunca deveria ter estado lá
Estado lá
Nunca mais nos veremos juntos
Livres de uma incisão de lâmina
A extração ainda ocorrerá,
Uivos estridentes enchendo sua alma,
Deixam seus olhos secos, nem uma lágrima
Ele, saindo deste antro impregnado de álcool,
De fumaça, já maculado pelo seu sangue impuro
Sua primeira sensação pesando como uma visão,
Uma impressão, a loucura por trás das paredes
Você nunca vai amamentá-lo,
Tudo o que poderia te ligar a ele não era nada,
Deixando essa semente jogada no chão
Crescendo inconscientemente como a gangrena
Não pensando que durante a infância,
A vida de um ser é determinada
No entanto, você teve que incorporar a ligação visceral entre o infinito e a vida
Entre este ventre celestial e seu conteúdo maldito
Você sabe como pode ser uma vida?
Nutrido pelas raízes de um amor letal
Acha que você vai vir?
Gritos, violência e desrespeito ao ser
Só podem levar à dor de viver,
A um rancor amargo, sempre tão presente
O perdão não pode ser considerado,
Apenas uma vingança violenta,
Uma libertação de tudo o que é ruim,
Insalubre, nas profundezas do subconsciente
Poderia me permitir não pensar mais nas sombrias memórias que gangrenam minha carne
Me deixam a cada dia um pouco mais doente
Meu pés se afundam, meu espírito os segue
Eu me perco
Afunde suas mãos nas minhas lágrimas brancas, não tenha medo
Nadando em um redemoinho de abominações, de feiúra, de carnificina
Prove na minha boca o aroma amargo da insipidez
Todas estas torturas que assombram minhas noites
Ouça pela minha audição estas notas melancólicas,
O ranger dos meus dentes, esta música simbólica
Olhe nos meus olhos uma visão perturbada
Da verdadeira face do homem angustiado, torturado,
Toque minhas mãos, suas bochechas molhadas
Uma pele macia e perfumada que acabará fétida
Sinta esse líquido atingindo suas têmporas,
Ruboriza meus olhos, mas mesmo assim nutre o coração da criança como o do velho
Abraçando você em carne e osso, os solavancos, as cavidades
Você pode percebê-lo, senti-lo fluindo,
Isso já não vale mais a pena acreditar
Não, eu não consigo esquecer!
Não, eu não quero esquecer!
Um profundo desequilíbrio flutua dentro de mim, de olhos arregalados, vítreos
Devo estar arrasado, eu realmente não sei mais o que estou fazendo
Seu rosto está inchado
O que posso dizer, não muito, tudo tinha que acontecer
O importante, no fundo, é destruir o abcesso,
Gritar, exteriorizar, em pedaços te enterrar
Sangue grosso e quente galvaniza minhas mãos
Meu coração, no chão, segue o caminho
O que leva ao horror da excitação mórbida,
Os olhos brilhantes, o olhar matricida
Esta noite, você mentiu para mim outra vez
Você havia me dito que voltaria logo,
Mas a terra na sua garganta me deixa a acreditar que, agora
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Você não voltará mais
Eu construo abismos
É tão belo quando está no fundo da pele
Como eu amo seu doce olhar semicerrado
É tão belo quando eu destruo o seu cérebro