Compositor: Não Disponível
Eu, o fruto dos outros
Eu imploro pelo meu esforço
Meu esforço, eu imploro
Desejo de ser outra
Filha do vento pega o ar do tempo
Sobe e desce a corrente
Suspende o momento, suicídio latente
Boa noite, anjos insolentes
Comovidos, meus filhos soluçastes, eu fujo
Saia da minha cabeça!
Entre na minha boca!
O orifício é suspeito
Mas a ideia é muito louvável, o desejo palpável
Por uma ressurreição, me congela, rompe o fundo: Minha destruição
Um aperto inconsciente, uma incisão
Escondo meu filho, meu erro e desliza sob a minha língua
Meu açúcar da morte
Meu açúcar da morte
O nariz na fossa, o dedo no osso
Eu devolvo suas palavras a quem as beberá
Escondendo meu filho, meu erro e desliza sob a minha língua
Meu açúcar da morte
Trancando a criança em seu coração e desliza sob a porta
Algumas palavras da morte
Algumas palavras da morte
Palavras, fale, seja boazinha, querida, mate, lágrimas
Durma, calma, muita dor, amanhã, te amo
Céu, chore, os anjos, adeus, mamãe
Minha porta está fechada, o que você fez?
Eu forço, eu forço, ela se abre
Ela está aqui, ela está morrendo, diante de mim
Por que você fez isso?