Rutsah (tradução)

Original


Eths

Compositor: Não Disponível

A vida vai e vem, esta massa em ação ofegante
Rebanho bestial que vive seu instante, aproveita do momento
Eu a ouço, a premonição no meu despertar sombrio
Sozinho, esguio, um raio claro percorre a sala
Ele me enoja, os sinos tocam
(Eu sou, no entanto, como eles)
Eu vejo estas treze novas horas
Um passado em minha semente sórdida
Seu sonho sofisticado aprisiona lentamente
Meu espírito carbonizado (divergente)
Me levanto e me visto, beijo minha esposa e minha filha
Minha pele diurna me serve um pouco
A fenda cotidiana se abre

Salve-me!

Eu me vejo acorrentado à minha cadeira novamente
Eles acendem as tochas, os sinos continuam a tocar
Eu escuto cantarem as litanias
Meus pés são reduzidos às cinzas
Meus músculos racham, minha medula e meu sangue sibilam
Minha carne é consumida como couro contraído
Dois palitos secos e enegrecidos!
Os ossos de minhas pernas estão pendurados acima das chamas
Que crescem, logo envolvem meus cabelos
Minha cabeça é uma bola de metal em fusão
Meus olhos cintilam então fundem-se à suas órbitas
Se eu abro a boca, eu bebo o fogo
Se eu fechá-la o fogo está no interior, e ainda sim
(Os sinos sempre tocam)

Salve-me!
Eu me encontro entre os últimos limites da parte humana
(E as fronteiras da vida superior)

Eu não sei mais as horas!
Eu não sei mais as horas!

Meu Lúcifer latente murmura à sobra do meu ouvido
A cabeça córnea cantarola sombrias liturgias
Eu não fujo, eu não posso!
Eu não louco nem lobo!
Eu ouço sua revolta luciferiana - Ele reina

Ele tem vagado pelo mundo desde que o mundo é mundo
Eu obedeço a sua voz, ele me nomeia o sentido oculto de sua emoção
Ao vê-lo, eu vomitaria de medo, seu tronco é tão grande e frio
Por volta da meia-noite meu espírito se despedaça, pois tenho que desafiar Deus
Sou prometido à vida eterna, eu faço estas coisas enquanto eu puder
Sou prometido à vida eterna, eu faço essas coisas enquanto ele me chamar
Sou prometido à vida eterna

Eu não sei mais as horas!
Eu não sei mais as horas!

Meu Lúcifer sai da fenda, negra luz
Sua voz bestial me conduz e me abraça
Eu me divido em dois, nos tornamos um!

Sob esta luz, você será meu por séculos e séculos

As trevas serão as testemunhas de nossa união
E os raios do céu serão nossas velas votivas
Eu possuo, eu adoto nossos abraços à extrema unção
Eu, a noiva da perdição
Minha existência devorada pelo anátema
Ame-me sobre o altar ardente da blasfêmia

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